sábado, 24 de outubro de 2020

Série: Bom Dia, Verônica

     Olá, pessoas! Tudo bem? Mantendo esse clima de semana de Halloween, trouxe hoje para vocês uma série na Netflix inspirada em um livro da editora Darkside Books que possui uma trama repleta de mistérios. O mais interessante nessa série/livro é que- além da pegada thriller- é uma obra/adaptação 100% nacional!


Título:
Bom Dia, Verônica

Episódios: 8

Ano: 2020

Classificação: +18

Direção: José Henrique Fonseca

SINOPSE: Depois de presenciar um suicídio, a policial Verônica Torres investiga a identidade e o motivo da vítima. Uma esposa aterrorizada esconde um segredo sinistro.


    Há 11 meses atrás eu estava iniciando a leitura do livro "Bom Dia, Verônica", cuja autora denominada "Andrea Killmore" era um verdadeiro mistério entre os leitores, pois ninguém sabia de quem se tratava. O livro, lançado no dia 30 de novembro de 2016 sempre foi muito bem falado entre os leitores, que aguardam ansiosos a continuação que promete se fechar em uma trilogia. Ano passado (2019) o mistério acabou na Bienal do Rio: Ilana Casoy e Raphael Montes revelaram ser autores da obra e que esta seria relançada com seus respectivos nomes como autores. Abalou as placas bookstônicas! haha A grande surpresa mesmo foi quando a dona Netflix anunciou a série! Eu mesma fiquei num misto de ansiedade e medo!


    Nesta postagem pretendo fazer uma breve comparação entre o livro e a série, portanto, se você ainda não leu ou não assistiu a série e não gosta de spoilers, melhor parar por aqui.


    O livro é uma narrativa feita por Verônica, uma policial civil que teve que se afastar do cargo após uma tentativa de suicídio. Agora ela é secretária do Carvana na delegacia. Em mais um dia "comum" em seu trabalho, Marta Campos aparece para dar queixa ao Carvana, mas ele não leva a sério a denúncia da moça, a despachando para que Verônica desse um jeito de fazê-la sair da delegacia. Ao pegar um copo d'água para a mulher, Verônica teve tempo apenas para vê-la se jogar da janela.

    Na série o início foi um tanto menos dramático... Se bem que, pode ter sido dramático de um jeito diferente né? A Marta Campos não se joga da janela, ela usa a arma que um senhor que estava na delegacia deixou no chão após ser impedido pelos policiais de usá-la contra um detento (que tudo indica ser da Verônica, mas... Suspeitas, apenas) e comete suicídio. Ok, foi bem intenso também.

    Outro ponto que considerava interessante no livro, mas que sua falta na série não deixou a desejar é a traição de Verônica. Ela é casada, mas mantém um relacionamento bem casual com um colega de trabalho. Na verdade, a Verônica do livro consegue nos sentir bem menos empatia por ela, pois quando descobre que o marido também a trai, ela fica possessa! (Ressalto que considero super errado qualquer tipo de traição, se você aceitou viver um relacionamento monogâmico, cumpra com isso ou se separa logo né?).

    A protagonista da série é muito mais amável e ativa que a do livro. A Verônica do livro age muito sem pensar nas consequências, enquanto que a da série eu senti que avaliava mais cada passo de sua investigação, deixava claro suas ações e pensamentos. O livro é narrado em 1ª pessoa pela própria Verônica, e mesmo assim é difícil se conectar com ela. Sem contar o desfecho que, mesmo na série, nos deixa reflexivos e nos incomoda a ponto de repensar se é ou não bom para uma obra que abordou tantos assuntos importantes.

    Sim! Os assuntos! Não posso esquecer de citá-los. A série irá abordar a violência contra mulher em suas mais diversas vertentes (arriscaria dizer até que as mais nojentas). O primeiro crime (que acaba ficando de escanteio quando a trama central aparece) é sobre um homem que se aproveita da baixa autoestima e vulnerabilidade das mulheres, as seduzindo com conversas em uma rede de relacionamento. Ao ganhar a confiança de suas vítimas, ele marca o encontro, as dopam e, no livro, abusa de suas vítimas antes de roubá-las. Sim, ele é um necrófilo, e filme tudo, tá?! Um louco! Por isso as feridas na boca de suas vítimas que na série justificaram com um ácido. Gostaria que essa cena tivesse sido abordada, pois a maneira como a Verônica dá um fim nesse cara no livro é sensacional! Achei bem fraco na série.

    Uma das cenas que me deixaram chocadas no livro e que também não tem na série é como o policial militar Brandão abusa de suas vítimas. Ele não apenas as suspende no ar, estupra cada uma delas, fazendo uso as vezes de objetos sexuais. O mais repugnante e que talvez por isso não incluíram na série é que- apesar de Janete saber o quão horrível tudo aquilo era- ela se excitava com a situação. Nojento né? Janete se culpava por isso, mas não conseguia conter. Que pesado!

    Última comparação não menos importante é a forma como Verônica conhece a história de Brandão e toda a lenda indígena que gira em torno da "Nossa Senhora das Cabeças" que infelizmente não foi contada na série. Inclusive, a avó de Brandão não tem um um dos braços no livro, sabiam? Mas o porquê eu deixo para vocês descobrirem quando realizarem a leitura, pois foi um dos clímax mais intensos da história pra mim, e não irei tomar essa sensação de vocês!

    Já assistiram série? O que acharam? Para quem leu o livro, sentiu falta destes mesmos detalhes ou de outros que não citei? Comente! Se ainda não assistiu, assista ao trailer e corre lá na Netflix! ♥



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